TWITCH
Fundada em 2007, a Twitch, maior plataforma de streaming do mundo gamer, saiu de ideia desacreditada para negócio milionário em cerca de sete anos. Para apresentar detalhes sobre a linha do tempo de desenvolvimento da “roxinha” — como foi apelidada carinhosamente pelo fãs

História

Em meados de 2007, o norte-americano Justin Kan, junto a mais três amigos — Emmett Shear, Michael Seibel e Kyle Vogt —, lançou na internet uma plataforma que transmitia 24 horas de suas próprias ações. Ela foi batizada de Justin.tv.

Segundo o empresário, seu nome intitulou o portal, pois ele era o único entre os amigos que se dispôs a carregar a câmera na cabeça para tentar produzir o que seria um “verdadeiro reality show” online.

— Vou financiar isso apenas para ver você se fazer de idiota — chegou a dizer o professor Robert Morris, um dos investidores por trás da ideia, a Kan durante a idealização do projeto.

Alguns meses depois do lançamento, no entanto, Justin perdeu o “monopólio” sobre o site. O portal se expandiu e abriu a possibilidade de que outros usuários realizassem suas próprias transmissões na companhia de um chat.

Com a abertura ao público, a Justin.tv foi segmentada em diversas categorias para os diferentes conteúdos produzidos, como jogos, esportes e notícias. Entretanto, o crescimento desproporcional da seção de games fez com que a cúpula da startup optasse por transformá-la em uma plataforma separada.

A decisão mudou a história da corporação, dando origem à TwitchTV, em 2011. Desde então, o site cresceu desenfreadamente e se tornou referência na área de streams relacionadas a jogos.

Três anos depois, o desenvolvimento em larga escala resultou, inclusive, no encerramento das operações da Justin.tv. Mediante a necessidade de concentrar esforços, a empresa optou por abandonar a iniciativa original e, a partir de 2014, passou a focar somente na vertente de games.

No mesmo ano, a revista Variety divulgou a informação de que o Google tinha negociações avançadas para fechar a aquisição da TwitchTV por US$ 1 bilhão. No entanto, a transação não foi concluída.

De acordo com apuração da Forbes, a gigante da tecnologia temia que a compra fosse enquadrada como uma espécie de monopólio em função dos investimentos promovidos na parte de games do YouTube. Com isso, o espaço se abriu para que a Amazon fechasse a aquisição na cifra dos US$ 970 milhões.

Entre os membros fundadores do site, Emmett Shear assumiu o posto de CEO na transição para o controle da companhia pertencente a Jeff Bezos.

Caue Alves
Globo Esporte